Estamos falando sim do Sr. Michel Temer, considerado pelos adeptos da ideologia bolsonariana como o último político ortodoxo com o perfil daquele que usa a política adotando a sistemática do “e dando que se recebe”. Sim porque o futuro presidente e sua equipe fizeram chegar junto ao seu eleitorado, embalado na convicção “antipetista” e “antilulismo”, através dos Smartfones e outras tecnologias digitais, a premissa certeira de que o considerado “mito” pelos seus adeptos, caucionado e avalizado pelos seus milhões de eleitores, está entrando na política para varrer o que há de podre no nosso sistema político. A propositura do futuro presidente é excepcional, pois é isso que todos nós almejamos.
Pois bem, deixa a chefia do executivo, com uma popularidade ridícula beirando os 5%, percentual pífio nunca experimentado por nenhum governando da nossa República. Alguns ensaiarão um coro do tipo: “ele foi um mal necessário, pois era preciso derrubar a titular o alto cargo da nossa política”. E aqui, esses incautos admiradores dos atos administrativos do senhor Temer desaperceberam-se do fato de que toda ação praticada no âmbito do executivo federal, na pessoa do presidente, buscaram, tão somente aplacar a fúria indomável do setor financeiro especulativo, aliando à contumaz ganância pelo lucro incessante impregnada no pensamento corporativo, com exceções, é claro.
A prova de que a caneta do iminente ex-presidente escorreu livre sobre a folha de papel pertencente ao nível interior da classe trabalhadora foi que, com outra caneta, esta mais elitizada, distribuiu benesses às classes dos mais amparados pelos prosélitos imorais, com ênfase ao Poder Judiciário. E aí a coisa vai ficando evidente.
Lembrando que recai sobre os ombros do senhor Michel, denúncias graves de atos ilícitos, com sintomas e evidências robustas de corrupção e improbidade. Vale salientar que o senhor Temer foi mantido na presidência através de manobras sinistras e nebulosas, através der acordos obscenos somente comparados ao “Código de Omertà”, código de honra utilizado pela máfia italiana para proteger as organizações mafiosas de uma determinada época.
Por ter a prerrogativa de foro, instrumento ridículo que cauciona o malfeito, porquanto atribui ao carcomido STF às atribuições der julgar os denunciados em falcatruas. Vale lembrar que o julgamento do presidente “sainte” não progrediu por conta e ação do Congresso Nacional, que em atitude corporativista e de negociata, decidiu por não acatar o pedido de impedimento da raposa velha da velha política, com o perdão do trocadilho.
Chegou aos nossos ouvidos e olhos que o novo Governo pretende passar um pente fino e rever todos os atos praticados pelo Presidente atual, nos últimos sessenta dias, no que acerta o Bolsonaro. Não causará surpresa se forem descobertos descalabros administrativos ao apagar das luzes. Se adotar essa postura, o novo Governo começa marcando um gol de placa, que terá os aplausos e o apoio deste escritoreco.
Já me manifestei outrora que não me apraz as pessoas irem para o “Xilindró”, mesmo concordando que é necessário, comprovada a culpabilidade do delituoso, pois não sendo assim, teríamos o incentivo sistêmico às práticas criminais. Assim sendo, teremos de conviver com as possibilidades reais de que o senhor Temer tenha a sua prisão decretada já em janeiro de 2019, a não ser que o “Código de Omertà” seja mantido durante a novíssima República, o que não acredito acontecer, mormente os posicionamentos do Bolsonaro e as atitudes e decisões do seu futuro ministro da Justiça, o conceituado Sérgio Moro. Não fazemos uma leitura clara da parcialidade das duas figuras exponenciais do governo que se inicia em 2019.
É o fim do calejado político, que deve carregar no bojo das suas falcatruas prováveis, outros figurões da velha política, que deve ser banida do nosso contexto. Para isso, esperamos e fincamos nossas esperanças nas entidades judiciais desse País, tuteladas na Constituição e contando com os tentáculos imáculos até então que são O MPF e a PF, que têm demonstrado imparcialidades em seus atos. Não acreditamos que isso vá mudar. O novo governo, o Brasil e os brasileiros precisam dessa verdade. A verdade de que entramos numa nova era e que os culpados por atos ilícitos sejam julgados, absolvidos ou culpados, de acordos com os delitos que praticarem.