Estamos aqui neste maravilhoso planeta desenvolvendo propósitos por vezes imperceptíveis e não sentidos. Todos os dias somos instados ao destempero e desequilíbrio diante das adversidades que nos apresenta o mundo moderno, competitivo e por vezes cruel e desumano.
Somos seres imperfeitos. Engana-se aquele que interioriza a sua condição de perfeição divina.
Diariamente somos bombardeados por doutrinas comportamentais e vivemos sob a batuta da infalibilidade. Não aceitamos errar, pois na nossa concepção ortodoxa sempre temos do nosso lado a razão. Somos tolos, insensatos e imaturos, em regra geral. Quando nossas convicções são contestadas somos tomados pela cólera destrutível da harmonia.
Parece que não temos saída. Quando ninguém quer ceder, o resultado já é conhecido: a violência.
Deixo claro que não detenho esse equilíbrio desenhado em toda a minha existência. Não obstante, tenho exercitado buscar o consenso e a harmonia. Reconheço que ainda me zango a toa, mas vou continuar me exercitando. Quem sabe não alcançarei mais um degrau do equilíbrio emocional tão desejado e salutar.
Nossos instintos emocionais não devem prevalecer sempre. A razão, por vezes precisa ser usada, afinal, próximo a você existe um que pode não concordar com as suas atitudes, pois o afetam literalmente e aí o nosso direito encontra uma barreira intransponível: o direito dos outros.
A utopia de uma vida sem limites é uma realidade. Não se confunda com inércia nem comodismo. O equilíbrio é uma atividade trabalhada, trazendo bons frutos quando o uso da razão e do coração em dosagem aceitável se faz presente em nossas ações cotidianas.
Vale salientar que o maior culpado nos desequilíbrios emocionais é você (eu). Reconhecer isso já é meio caminho andado para a convivência pacífica. Às vezes agimos por impulso para ferir e desmoralizar as convicções alheias e não para satisfazer os anseios das emoções fortes. Rebelamo-nos quando querem nos colocar “cabrestos”. Não aceitamos imposições e aí o resultado é o conflito, que gera a discussão, que levar ao descontrole emocional, podendo resultar em violência, e lamentavelmente em vítimas fatais.
Vamos usar o antídoto para a violência, buscando o equilíbrio emocional, que é o vetor da harmonia.