A deficiência auditiva é uma realidade que precisa ser tratada com o fito de se minimizar as dificuldades experimentadas pelo portador. Muito embora não seja um problema de fácil solução, acreditamos que um bom início seja reconhecer o problema e incluí-lo em todas as oficinas de discussões e estudos que tratam de deficiências humanas.
A sociedade vem travando batalha importante na diminuição das desigualdades. Persistir buscando a equidade nas oportunidades é uma decisão acertada, não obstante fragmentos de recrudescimento da insensatez, quando alguns teimam em defender seus dogmas egoístas, chegando a advogar suas convicções com uma dureza incompreensível.
Dessa forma, a sociedade deve estar em permanente estado de alerta, cobrando dos legisladores e autoridades educacionais a inserção do tema em seus projetos de Lei e diretrizes para a educação. Paralelamente, as autoridades dos escalões menores devem patrocinar o amplo debate junto com o povo desenvolvendo ideias e projetos na direção da formação educacional dos surdos no Brasil.
A realização de audiências públicas, com amplo debate com as autoridades da área, é uma iniciativa que guarda importância nessa difícil missão que é a de equalizar a educação dos surdos com as dificuldades inerentes ao seu estado.
Para que se tenha sucesso nos desafios apresentados na formação educacional dos surdos, o conjunto dos interessados tem em mãos uma ferramenta que ajuda, em muito, no encontro de soluções eficazes. O desenvolvimento tecnológico que arrebatou a década em que vivemos, tem contribuído de sobremaneira para superação das dificuldades advindas. Nesse contexto, as autoridades educacionais vêm desempenhando papel importante, não obstante as momentâneas dificuldades orçamentárias e desvios de prioridades, mas isso é outro assunto.
Contamos com a LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais, que se constitui em importante ferramenta na comunicação entre surdos. Através dela, tem sido possível a interação entre os deficientes auditivos, pois é possível a troca de ideias e conversações através de sinais indicativos.
Quanto à comunidade educacional, em sintonia com os governantes, precisa assumir a bandeira da inclusão dos portadores de deficiências auditivas em todos os programas de formação de profissionais, elevando a autoestima e patrocinando programas motivacionais compatíveis com as dificuldades encontradas nessas pessoas.
Tratar dessa questão é, sobretudo, uma atitude de respeito aos direitos humanos, num contexto literal das políticas criadas para fins humanitários.
As dificuldades apresentadas em primeira análise, não devem ganhar fôlego entre a sociedade. Pelo contrário, esta deve aliar-se aos governantes, legisladores e autoridades, buscando enfaticamente a solução para que essa categoria de pessoas tenham amenizadas as dificuldades que involuntariamente lhe são apresentadas. Os deficientes auditivos devem integrar-se a esse processo, fazendo uso das ferramentas disponíveis e exigindo interesse sistêmico na melhoria de suas atividades.
José Ricardo, contabilista e servidor público federal aposentado